ATUALIZAÇÃO PATRIMONIAL JULHO/18: R$528.000,00 (+R$11.000,00/+2,12%)

RESUMO: sexta postagem de atualização patrimonial. Após três meses tenebrosos, os rendimentos voltaram e recuperaram parte da perda do ano. Meu patrimônio aumentou cerca R$ 11.000,00 (2,12%), sendo R$ 4.000,00 de dinheiro novo e os outros R$ 7.000,00 fruto de uma excelente rentabilidade acima de 1%. Trago nessa postagem também meu novo índice de independência financeira, que me coloca em 26,54% do caminho até a grande meta. Como sempre, os valores são arredondados por questão de privacidade.

DESPESAS

ALIMENTAÇÃO...R$ 900,00
MORADIA.....R$ 2.500,00
EDUCAÇÃO......R$ 700,00
SAÚDE.........R$ 500,00
TRANSPORTE....R$ 200,00
DOAÇÃO......R$ 1.400,00
LAZER.......R$ 3.400,00
TOTAL.......R$ 9.600,00

Minhas despesas referem-se aos gastos mensais de um casal sem filhos vivendo em uma área central de uma capital. Os gastos comuns são divididos com minha esposa proporcionalmente ao salário de cada um. Os valores acima dizem respeito apenas à minha parcela na contribuição (que é muito superior à da minha esposa).

Meus gastos de lazer aumentaram significativamente por causa de parcelas de uma grande viagem de férias que farei no finalzinho do ano e já comecei a pagar desde já para amortizar o impacto. É bom avisar que só parcelo as compras sem juros e que não oferecem nenhum benefício no pagamento a vista. Juros, só para o meu bolso.

Desde o início do blog venho prometendo diminuir os meus gastos de rotina. Depois de muitas puxadas, coçadas, esticadas, contas e etc, acho que chegou a hora de admitir que essa é minha média e dificilmente será diminuída sem uma mudança significativa no estilo de vida. Aluguel, condomínio, mensalidades educacionais, transportes, plano de saúde e doações são gastos fixos e imutáveis para os próximos meses e não posso - ou, no caso de doações, não quero - mudar de um momento para o outro. O restante impacta pouco o orçamento.

No longo prazo, tenho certeza de que podem ser profundamente revistas. Talvez o próximo contrato de um aluguel deva ser de um imóvel menor e em outro bairro. Mas, por ora, as coisas estão assim e adequadas também ao meu orçamento.

PATRIMÔNIO

NOVOS APORTES +R$ 5.000,00

POUPANÇA.........R$ 23.000,00
PREVIDÊNCIA......R$ 33.000,00
RENDA FIXA
   PRÉ-FIXADO..........R$0,00
   PÓS-FIXADO...R$ 140.000,00
   INFLAÇÃO.....R$ 145.000,00
   FUNDOS........R$ 20.000,00
MULTIMERCADOS....R$ 88.000,00
RENDA VARIÁVEL...R$ 27.000,00
INTERNACIONAL ...R$ 52.000,00
TOTAL...........R$ 528.000,00

Depois de muito estudo e realocações graduais, esse é o detalhamento do novo cenário do meu patrimônio. Daqui para frente pretendo ir caminhando da carteira "conservadora" para uma "moderada". Assim, à exceção dos valores que vão para a poupança como reserva de oportunidade, os novos aportes devem se concentrar exclusivamente em multimercados e renda variável. Com cautela, é claro! O momento político e econômico do Brasil não é para afobação.

Pouco antes de escrever esta atualização, li uma postagem muito interessante do Aposente aos 40 sobre escada de CDB. Não descarto, então, rever as aplicações de renda fixa para adequar melhor a um escalonamento de liquidez.

INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA

Estou a 26,54% da independência financeira.

Retomei, com algumas ligeiras modificações na base de cálculo, o índice que vinha usando até poucos meses atrás. Em linhas gerais, minha meta de patrimônio total não é fixa, mas equivale a 25 vezes dos meus gastos dos últimos 12 meses.

Isso nada mais é do que a aplicação da regra da Taxa Segura de Retirada de 4% ao ano. Há muito material por aí sobre a TSR ou, na sigla em inglês, SWR. Na finansfera, eu indico essa ótima série em três partes do blog Viver de Renda: aqui, aqui e aqui.

A diferença do índice de agora para aquele que vinha divulgando aqui até o mês de maio são os fatores que entram no cálculo.

Daqui para frente ficam de fora dos gastos dos últimos 12 meses aquelas despesas diretamente relacionadas com o trabalho (por exemplo, excluí da conta as viagens a trabalho). Afinal, ao abandonar a renda do trabalho, com ela também vão aquelas despesas. Não descontei, porém, despesas outras que são apenas indiretamente relacionadas com o trabalho (moradia em uma área central de uma cidade grande, deslocamentos diários, etc.), que certamente seriam revistas para menos em um cenário de independência financeira. Então, acredito que ainda assim o cálculo é bastante conservador.

Por outro lado, descontei do patrimônio aquele dinheiro que não está destinado a formar patrimônio para uma sonhada aposentadoria antecipada. Do patrimônio divulgado (neste mês, por exemplo, R$ 528 mil) ficam excluídos o colchão de segurança e uma reserva feita para futuros gastos de maior monta (viagem, compra de carro, etc.).

Dessa forma, apesar do caminho para a independência financeira não ficar imune a percalços, vou poder enfrentar despesas emergenciais (a serem pagas com o colchão de segurança) e ter a tranquilidade de aproveitar a vida com despesas maiores (reserva para gastos especiais) sem a desagradável sensação de estar dando um passo atrás na caminhada para a independência financeira.

Aplicados esses parâmetros retroativamente desde o início do ano, o quadro que surge é o seguinte:


A queda acentuada nos meses de abril e maio são decorrentes apenas da péssima rentabilidade das aplicações no período. Não é motivo para preocupações exageradas, essa sazonalidade já é esperada e não é tão relevante quando se pensa no longo prazo.

Em um cenário otimista, espero alcançar os 29% até o final do ano e fechar 2019 acima dos 35%. Nesse ritmo, a independência financeira estaria ali por volta do ano de 2030. Seguimos!

Comentários

  1. Ótima medida, quando falou "só parcelo sem juros, que não oferecer beneficio no pagamento a vista. Juros só para o seu bolso". Gostei muito dessa parte, é um grande passo para a riqueza!

    Abraço e bons investimentos.

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    1. Acho que a primeira vez que tive uma sensação clara de que as finanças iam num bom caminho foi quando passei a "parcelar" antes da compra e na hora ainda negociava um bom desconto à vista

      Abraços

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  2. Fala JE!

    Como sempre um ótimo aporte.

    Eu também tentei diminuir meus gastos, mas não obtive sucesso também, hoje procuro sempre tentar arrumar alguma renda extra a mais.

    Abraços e sucesso!

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  3. Ótima informação a respeito da taxa segura de retirada. Irei dar uma olhada com mais afinco nos links que indicou. Abraços!

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    1. É um tanto polêmica a existência da TSR mas eu, particularmente, acho essencial ter algum norte.

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  4. Parabéns pela rentabilidade conseguida nesse mês. Passando a acompanhar! Interessante esse índice de independência financeira.

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  5. Olá JE,

    Parabéns pelo patrimônio. Eu também uso esse índice de IF, só que uso baseado nos dividendos que recebo.

    Abraços.

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